Plantão Selvagem: Quando Um Urso Pediu Socorro

Entre o Estetoscópio e a Selva

Lá fora, era o caos: gritos, alarmes, médicos em pânico. Mas dentro daquela sala trancada, o tempo parecia suspenso. Hanna se ajoelhou diante da criaturinha ferida, os dedos leves, o coração acelerado. O urso, imóvel, acompanhava cada gesto como se entendesse tudo — talvez até melhor que qualquer humano.

Ela sentia a tensão no ar, como se um erro custasse mais do que a vida. Ali, não era só enfermeira. Era ponte entre dois mundos — o hospital cheio de regras, e a selva cheia de instinto. E naquela noite, sem saber como, ela se tornou algo diferente. Mais selvagem, mais viva. Ou, como diria depois, “foi o dia em que fiz triagem em dois idiomas: humano e urso.”

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